“Eu espero que, de facto, até ao final de junho a obra esteja concluída e que a possamos inaugurar, como era previsto, este Verão ainda”, disse a ministra à agência Lusa no final do seminário “Porto de Lisboa – desafios e afirmação”, que decorreu na Gare Marítima de Alcântara, na capital.

Questionada sobre declarações anteriores, proferidas em março, nas quais apontou a entrada em funcionamento do terminal para “o mais tardar em maio”, a governante justificou o atraso com as condições climatéricas adversas que se fizeram sentir em Lisboa.

“A indicação que tínhamos até essa altura, em que foi anunciado, é que a conclusão da obra seria até finais de maio deste ano. Por causa das chuvas e de alterações imprevistas da meteorologia, houve algumas atividades que não puderam ser concretizadas nas datas esperadas”, explicou à Lusa.

Ana Paula Vitorino aproveitou para salientar que, “entretanto, não tem sido por isso que tem ficado parado o tráfego de cruzeiros”, existindo mesmo um “crescimento absolutamente fabuloso” deste.

“Mais de 70% é de facto um valor significativo”, acentuou.

Em termos numéricos, o Governo espera “345 escalas e 525 mil passageiros” este ano, o que constitui “um ano de sucesso para a atividade de cruzeiros no Porto de Lisboa”.

“O Porto de Lisboa não é só um porto de carga, é também um porto de cruzeiros e cada vez se afirma mais nesse segmento de mercado”, referiu a ministra no encerramento do seminário promovido pela Comunidade Portuária de Lisboa.

A 10 anos, o Governo estima um crescimento que deverá ser de “475%”.

“Tem havido um crescimento constante ao longo dos últimos tempos, por isso, acredito que essa estimativa, que está no planeamento para 10 anos, que se vai cumprir”, advogou.

Considerando que atualmente é possível “a entrada e saída de passageiros”, a ministra observou que o novo terminal difere das atuais infraestruturas, pois “permite fazer outro tipo de serviço” e aumentar a qualidade.

Isto deriva de o novo terminal estar projetado como “uma infraestrutura moderna, que impulsionará o crescimento do mercado de cruzeiros em Lisboa e no país e que vai aumentar fortemente a capacidade de movimentação de passageiros, de 500 mil para 800 mil por ano, o que significa uma melhoria da qualidade de serviço”, apontou a governante.

“Do ponto de vista funcional e operacional, terá maior capacidade de dar conforto e de atrair novos passageiros com outro tipo de escalas e irá dotar Lisboa de uma oferta de excelência ao nível internacional”, vincou Ana Paula Vitorino.