Marcelo Rebelo de Sousa falava na Aula Magna da Universidade de Lisboa, na cerimónia de lançamento do livro “Portugal Católico – A beleza na diversidade”, editado pela Temas e Debates, cujo prefácio é da sua autoria.

O chefe de Estado disse que “é de elementar Justiça realçar o quanto foi e é muito relevante para Portugal o cristianismo, o catolicismo ao longo de séculos de vivência comunitária e até aos nossos dias” e realçou a ação dos cristãos e católicos em setores como a educação, a cultura, a saúde e a solidariedade social

“Ainda agora, nas tragédias que vivemos, fraternalmente conjugados, com o contributo de todos os demais, aí estiveram, na primeira linha de serviço, as inúmeras misericórdias, tantas e tantas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) de inspiração cristã, a Cáritas, os escuteiros, as paróquias, as dioceses e, acima de tudo, o povo cristão”, referiu.

Numa alusão aos incêndios deste ano, o Presidente da República considerou que “o povo cristão, unido indissoluvelmente ao que tem outras crenças ou em qualquer delas se não reconhece”, encetou uma “caminhada da reconstrução, na reparação de bens e, em particular, de almas”.

“A esse Portugal, que é um todo com todos os demais, mas que avulta decisivamente de entre eles, que este livro pretende retratar, manifesta o Presidente da República a sua gratidão”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que expressa este agradecimento, não por ser católico, “mas porque é Presidente de todos os portugueses” e chefia um “Estado e nação que devem, no passado e no presente, muitíssimo ao Portugal cristão, ao Portugal católico – a começar na afirmação da independência, e a culminar na presença constante, corajosa, resistente e abnegada nos momentos mais difíceis das crises recentes e profundas que abalaram o nosso quotidiano”.

“Por tudo isso, e o que de premeio foi a nossa história, em nome de todos os portugueses, muito obrigado”, concluiu.

O livro “Portugal Católico – A beleza na diversidade” junta 204 textos de 190 autores, distribuídos por 14 capítulos, e inclui um texto do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

A sua publicação teve o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian, da União das Misericórdias Portuguesas e da Santa Casa da Misericórdia do Porto, e contou ainda com o mecenato pessoal do empresário Alexandre Soares dos Santos.

Uma edição especial desta obra, dirigida por José Eduardo Franco e José Carlos Seabra Pereira, foi entregue em setembro ao papa Francisco, no Vaticano.

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