“Este ato é mais uma violação das obrigações internacionais da DPRK (sigla em inglês da República Democrática Popular da Coreia) e prejudica os esforços de não proliferação e desarmamento”, disse Guterres num comunicado transmitido pelo seu porta-voz.

“Este ato é também profundamente desestabilizador para a segurança regional”, lamentou o ex-governante português, acusando a Coreia do Norte de ser o “único país que continua a violar a norma contra os testes de explosões nucleares”.

O responsável máximo da ONU reiterou o seu apelo ao regime de Kim Jong-Un para que cesse a sua atividade armamentista e “cumpra por completo” as resoluções que lhe foram impostas pelo Conselho de Segurança e indicou igualmente que está em contacto “com todas as partes afetadas”.

O Conselho de Segurança da ONU reúne-se na segunda-feira a propósito do novo teste nuclear norte-coreano, informaram hoje fontes oficiais.

A reunião, com início às 10:00 locais (15:00 em Lisboa), foi solicitada pelos Estados Unidos e por França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, indicou a missão diplomática norte-americana nas Nações Unidas.

O regime de Pyongyang declarou hoje ter detonado “com total êxito” uma bomba de hidrogénio que pode ser colocada na ogiva de um míssil intercontinental.

Tratou-se do sexto ensaio nuclear da Coreia do Norte desde 2006, recebido, como os que o precederam, com muitas condenações por parte da comunidade internacional.

A 29 de agosto, o Conselho de Segurança efetuou a sua última reunião de emergência sobre estas ameaças norte-coreanas, após o lançamento de um míssil pelo regime de Pyongyang.

A 05 de agosto, o órgão executivo da ONU aprovou por unanimidade uma resolução impondo novas sanções económicas à Coreia do Norte por causa dos seus testes nucleares e balísticos.