A posição coincidente entre a ONU e Pyongyang, segundo um comunicado divulgado hoje, surgiu na sequência de uma “série de reuniões” que Feltman manteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Ri Yong Ho, e com o vice-ministro, Pak Myong Guk, durante a visita que fez à Coreia do Norte entre terça e sexta-feira.

“Trocaram pontos de vista sobre a península coreana e concordaram que a situação atual é o assunto de paz e segurança mais tenso e perigoso que há hoje no mundo”, assinala-se no documento sobre os encontros, sem mais detalhes.

Feltman enfatizou a necessidade de que o regime de Pyongyang aplique as resoluções que o Conselho de Segurança aprovou sobre a crise norte-coreana e insistiu em que “só pode haver uma solução diplomática” como resultado de um processo de “diálogo sincero” em que o “tempo é vital”, diz-se no comunicado.

Após instar as autoridades do país asiático a “evitar erros de cálculo” e a “abrir canais para reduzir os riscos de conflito”, o diplomata norte-americano sublinhou que a comunidade internacional está “alarmada com as crescentes tensões” e comprometida com uma solução pacífica na península.

Segundo o comunicado da ONU o responsável pelos assuntos políticos também se reuniu com membros das Nações Unidas que trabalham na Coreia do Norte e com o corpo diplomático.

A visita de Feltman aconteceu após mais um ensaio balístico da Coreia do Norte, com o míssil disparado a atingir maior altura do que em qualquer de outros testes anteriores.

Segundo a ONU a visita foi uma resposta a um convite antigo para manter um “diálogo político” entre as autoridades de Pyongyang e as Nações Unidas.

Trata-se da primeira viagem à Coreia do Norte que faz um responsável político das Nações Unidas em mais de sete anos. O último a visitar o país fora o antecessor de Feltman, Lynn Pascoe, em fevereiro de 2010.

A tensão na península coreana é elevada, com Pyongyang a aumentar os lançamentos de mísseis e os testes nucleares enquanto foi trocando ameaças bélicas com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.