“Pedimos ao povo que participe em massa nas eleições votando pelos candidatos da Mesa da Unidade Democrática (MUD)”, dizem os 18 “presos políticos” numa carta divulgada hoje.

Na missiva, assinada entre outros pelo ex-prefeito de San Cristobal (oeste) Daniel Ceballos, o destituído prefeito de Iribarren (oeste) Alfredo Ramos e o dirigente da oposição Yon Goicoechea, apela-se “à maior mobilização jamais vista na Venezuela, neste 15 de outubro”.

Os opositores indicam ter “esperança” de que os cidadãos se exprimam “com rebeldia” no domingo “em nome de todos os que hoje” são “silenciados”.

“Hoje não votamos porque estamos em democracia, votamos para não desistir da democracia (…) Não duvidemos nem por um segundo que as eleições regionais foram convocadas devido aos protestos de rua (de abril a julho), à pressão da comunidade internacional”, adiantam.

Os opositores assinalam que votar no domingo servirá para “castigar” o presidente Nicolas Maduro “e os seus candidatos pela incapacidade” face aos “graves problemas” do país, assim como para “alcançar o poder em todas as regiões para servir as pessoas”.

A participação nas próximas eleições também ajudará a continuar “a avançar até se ganhar a eleição da Presidência da República” e a pressionar “para chegar a uma solução para a crise social, política e económica”, adianta a carta.

Dos 23 estados da Venezuela, apenas três se encontram atualmente nas mãos da oposição.