“Que o Espírito Santo dê paz ao mundo inteiro; cure as feridas da guerra e do terrorismo que, novamente esta noite, em Londres, atingiu pessoas inocentes. Rezemos pelas vítimas e os seus familiares”, disse o papa na Praça de São Pedro do Vaticano.

Jorge Bergoglio pronuncio estas palavras momentos antes da oração de Regina Coeli, que substitui o Ángelus em tempo pascal, perante milhares de fieis reunidos naquela praça do Vaticano pelo motivo das festividades de Pentecostés, em que os católicos comemoram a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos.

Durante a celebração litúrgica, o papa defendeu uma igreja universal em que não existam “cristãos de direitas ou de esquerdas”, mas gente que está “unida pela diferença”.

“A unidade verdadeira”, assinalou o líder da religião católica, acrescentando: “Não é uniformidade, mas unidade na diferença”.

Francisco advertiu que, na busca dessa unidade na diferença, se devem evitar duas “tentações frequentes”, a primeira das quais é “procurar a diversidade sem unidade”.

“Isso ocorre quando procuramos destacarmo-nos, quando formamos bandos e partidos, quando nos fechamos nos nossos particularismos, nos consideramos melhores ou os que sempre têm razão. Então se escolhe a parte, não o todo”, disse.

A segunda tentação é “procurar a unidade sem diversidade”, um caminho em que se acaba por cair na “uniformidade”, na “homologação onde já não há liberdade”.

Perante estas duas vias, prosseguiu, é preciso apostar numa unidade que se baseie no respeito, que vá “mais além das preferências pessoais” e que bana “os murmúrios que semeiam a discórdia, a inveja e o veneno”.