“O contributo que a Marinha portuguesa e a Autoridade Marítima Nacional têm dado no quadro da cooperação com outras agências europeias e outros países europeus para a segurança do mar mediterrâneo e para controlo de fluxos migratórios, provenientes sobretudo do continente africano e médio oriente, é decisivo e tem sido reconhecido pela agência Frontex”, afirmou Marcos Perestrello.

O governante falava após uma pequena cerimónia a bordo do navio NRP Tejo, que se prepara para a sua primeira missão no âmbito da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) no mar mediterrâneo.

Marcos Perestrello considerou ainda que este navio será “um contributo mais robusto para a segurança na zona entre Itália e Malta”.

No âmbito do Frontex, Portugal tem uma equipa da polícia marítima na Grécia, na ilha de Lesbos, e uma outra do grupo de ações táticas da polícia marítima a operar no sul de Itália.

Questionado pela Lusa, o comandante do navio, Rui Robalo Franco, explicou que esta missão de apoio no âmbito da Frontex será desempenhado por 25 elementos, com reforço de cinco fuzileiros, sendo que depois será ainda reforçada, no local, com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a guarda costeira italiana.

O comandante disse ainda esperar nesta missão, tendo em conta as condições meteorológicas na zona, um aumento do afluxo de pessoas.

Segundo o Chefe de Estado Maior da Armada, António Silva, este navio, com presença planeada no mediterrâneo central entre 22 de julho e 08 de setembro, tem missões atribuídas desde dezembro de 2006, já esteve atribuído à zona marítima da Madeira, à zona do norte e participou nas comemorações do Dia de Portugal e do Dia da Marinha.

Tem igualmente assegurado apoio à Autoridade Marítima Nacional, com destaque no âmbito das operações nas ilhas selvagens e desertas, de reforço de fiscalização da pesca e de salvamento marítimo nacional.

No final da cerimónia, e depois de questionado pelos jornalistas por diversas vezes sobre o caso do roubo das armas em Tancos, o secretário de Estado da Defesa Nacional disse apenas que a análise da perigosidade das armas é feita pelas entidades competentes, sublinhando que todas as situações que vão ocorrendo “têm de merecer uma investigação séria e uma tomada de mexidas para prevenir a sua repetição no futuro”.