Em declarações à rádio RTL, Macron afirmou que o que os atacantes querem é “morte, simbolismo, espalhar o pânico e perturbar um processo democrático, que é a eleição presidencial”.

O candidato, que disputa a liderança nas sondagens com a dirigente da extrema-direita, Marine Le Pen, afirmou que cancelou duas ações de campanha previstas para hoje “por decência” e para permitir que a polícia concentre os seus recursos na investigação ao ataque.

Questionado sobre se o ataque poderá ter impacto na votação de domingo, Macron respondeu: “Não se sabe”.

O candidato referiu ainda que, se for eleito, uma das suas primeiras medidas será a criação de uma equipa para coordenar os esforços dos serviços de informação franceses na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), que reivindicou o ataque.

Macron acusou ainda Le Pen de mentir quando alega que ataques anteriores em França não teriam acontecido caso fosse ela a Presidente.

“Ela não será capaz de proteger os nossos cidadãos”, considerou.

Um polícia foi morto e dois ficaram gravemente feridos na quinta-feira à noite, quando um homem disparou contra o veículo em que seguiam na avenida dos Campos Elísios, no centro de Paris.

O atacante foi morto por outros agentes da polícia francesa.

"O agressor chegou de carro, saiu. Abriu fogo contra o carro da polícia com uma arma automática, matou um dos polícias", disse fonte policial citada pela AFP.

Uma turista ficou "ligeiramente ferida por bala" durante a troca de tiros, acrescentou outra fonte policial.

O Presidente francês, François Hollande, que convocou um Conselho de Segurança para a manhã de hoje, afirmou que o caso está a ser investigado pela secção antiterrorista da procuradoria de Paris e que as pistas que poderão conduzir a investigação "são de ordem terrorista".

O ataque ocorreu a três dias da primeira volta das eleições presidenciais em França, em que a segurança é um dos temas em destaque, após vários ataques terroristas no país nos últimos anos.