Em declarações à agência Lusa no final de uma visita ao local, Carla Cruz sublinhou que a solução recentemente implementada para proteção e reabilitação do sistema costeiro, com a colocação de ‘geocilindros’, “foi um falhanço e só veio contribuir para o assoreamento” do canal de navegação”.

“O que aconteceu é que os ‘geocilindros’ acabaram por rebentar e a areia que continham foi-se acumular na barra, criando enormes dificuldades aos pescadores”, acrescentou.

Segundo Carla Cruz, já há registo de “pelo menos dois acidentes”, com barcos que viraram e com “custos elevados” para os seus proprietários.

“O desassoreamento da foz do Cávado é uma necessidade urgente e disso mesmo vamos dar conta, mais uma vez, aos ministérios do Ambiente e do Mar”, assegurou.

A deputada lembrou que, além da segurança dos pescadores, fica ainda em causa o usufruto do rio para outras atividades lúdicas e de recreio.

Em simultâneo, com a destruição dos ‘geocilindros’, há ainda o perigo de, com as marés vivas, a água do rio “invadir a marginal”.

“Está hoje mais do que claro que a solução ‘geocilindros’ não só não resultou como proteção da costa, como veio agravar as condições de navegabilidade da barra”, enfatizou Carla Cruz.

Lembrou, ainda, que muitas famílias em Esposende dependem da atividade piscatória e que cada dia que os barcos têm de ficar em terra por falta de canal representa “um duro golpe” para as suas economias.