O Ministério que tutela as comunidades e os governos municipais precisou que estes blocos de edifícios, dirigidos a pessoas sem recursos, são geridos por 15 autarquias em distintas zonas de Inglaterra.

Os edifícios em más condições detetados até agora estão em bairros londrinos ou dos arredores, como em Hounslow e em Brent, e em localidades como Portsmouth, Manchester e Plymouth.

Cerca de 600 blocos de propriedade pública estão a ser inspecionados no Reino Unido, após o incêndio do passado dia 14 de junho na torre de Grenfell, no oeste de Londres, que causou 79 mortos ou desaparecidos.

A polícia confirmou na sexta-feira que o fogo neste edifício de 24 pisos de North Kensington foi causado por um frigorífico defeituoso, mas assinalou que se propagou rapidamente por causa do revestimento com polietileno (plástico) inflamável da fachada, que contraria os regulamentos de construção no Reino Unido.

Por causa do sucedido, as autoridades municipais estão a analisar os revestimentos dos blocos de apartamentos sob a sua jurisdição, a maioria construída nos anos 1970, mas que foram reformados recentemente com materiais de pior qualidade.

A autarquia de Camden, no norte de Londres, ordenou na sexta-feira a retirada dos residentes de quatro blocos com 700 apartamentos que têm um revestimento similar ao de Grenfell, que serão realojados em hotéis durante as semanas em que decorrerão as obras para corrigir os defeitos de segurança.

No entanto, 83 pessoas recusaram hoje deixar as suas casas, acusando o município de precipitação ao ordenar a retirada dos habitantes.

A presidente da Câmara, Georgia Gould, insistiu hoje que “não teve outra opção”, depois de os bombeiros terem advertido que “não podem garantir a segurança” dos edifícios.

Gould indicou que na sexta-feira foram cinco as torres evacuadas, mas uma delas acabou por ser considerada segura e os habitantes puderam regressar.

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