A leitura do acórdão está agendada para as 15:00.

Na primeira sessão do julgamento, três dos cinco arguidos admitiram ter aceitado fazer o transbordo de cocaína em alto mar depois de terem sido aliciados com um pagamento em dinheiro.

Os restantes arguidos, que se encontram detidos em casa com vigilância eletrónica, admitiram ter sido abordados para o transporte de “pacotes”, que iriam receber em alto mar e que deveriam levar para o Porto da Nazaré.

Esta apreensão resultou de uma operação oculta da PJ e da ‘Drug Enforcement Administration’. Dois inspetores da Polícia Judiciária (PJ) contaram ao Tribunal de Leiria que a PJ foi contactada pela agência norte-americana a solicitar uma “entrega controlada”, com o objetivo de “desmantelar uma organização internacional” de tráfico de droga e “identificar” suspeitos de uma rede, para tentar chegar “o mais alto possível” [cargo da rede].

No julgamento, um dos acusados disse ter sido contactado por um dos arguidos para “fazer o transporte de uns sacos, em troca de 10 mil euros”.

Segundo relataram, por volta das 20:00 do dia 19 de agosto de 2015, saíram do Porto da Nazaré para mar alto, onde um veleiro iria ao seu encontro. Cerca de uma hora depois, iniciou-se o transbordo de 63 pacotes. A droga foi passada para um bote e deste para a embarcação de um dos arguidos.

Cerca de duas horas depois, quando iniciavam o regresso ao Porto da Nazaré, foram intercetados pela Polícia Marítima, referiram ainda ao coletivo de juízes.

Numa conferência de imprensa com os responsáveis do combate ao tráfico de droga de Portugal e Espanha, em setembro de 2015, a Polícia Judiciária referiu que a investigação, que culminou na apreensão de 1,9 toneladas de cocaína, durou mais de um ano e que a droga valeria no mercado mais de 60 milhões de euros.

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