Segundo a imprensa espanhola, a polícia está a inspecionar os departamentos (ministérios regionais) de Negócios Estrangeiros, Economia, Trabalho e Assuntos Sociais e na sede da vice-presidência, tendo detido pelo menos uma pessoa.

A operação que está a decorrer também inclui a investigação de diversos organismos dependentes do executivo regional (Generalitat).

Escreve o El País que pelo menos 14 pessoas foram detidas nestas operações, entre elas o secretário-geral para a vice-presidência catalã Josep M. Jové Llado, também responsável pela pasta da Economia.

Adianta o jornal que na sequência da operação, várias pessoas de juntaram nas Ramblas, em Barcelona, para protestar contra a operação.

Os partidos separatistas têm uma maioria de deputados no parlamento regional da Catalunha desde setembro de 2015, o que lhes deu a força necessária, em 2016, para declararem que iriam organizar este ano um referendo sobre a independência, mesmo sem o acordo de Madrid.

Os independentistas defendem que cabe apenas aos catalães a decisão sobre a permanência da região em Espanha, enquanto Madrid se apoia na Constituição do país para insistir que a decisão sobre uma eventual divisão do país tem de ser tomada pela totalidade dos espanhóis.

O conflito entre Madrid e a região mais rica de Espanha, com um PIB superior ao de Portugal, cerca de 7,5 milhões de habitantes, um terço da área de Portugal, uma língua e culturas próprias, arrasta-se há várias décadas.