Jeroen Dijsselbloem, o holandês à frente do Eurogrupo, era o destinatários de uma carta armadilhada que foi intercetada pelas autoridades, revelou esta terça-feira o seu porta-voz, um dia depois de terem sido apreendidos oito pacotes suspeitos na Grécia.

"Posso confirmar que o ministro Dijsselbloem foi escolhido como alvo de uma carta armadilhada", disse Coen Gelinck à agência France Presse, acrescentando que a carta "foi intercetada", mas escusando-se a confirmar se era um dos pacotes recuperados em Atenas.

Os pacotes apreendidos pela polícia grega, num centro de envio de correspondência no norte de Atenas, eram semelhantes aos que foram enviados na semana anterior ao Ministério das Finanças alemão e ao FMI em Paris e eram dirigidas a “funcionários de países europeus”.

A semana passada, uma carta-bomba foi enviada para os escritórios do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Paris, tendo explodido e ferido uma secretária.

Uma segunda foi enviada para o Ministério das Finanças alemão, mas foi intercetada pela segurança.

A investigação sugere, até agora, que as cartas foram enviadas para o FMI e para o ministério alemão por um grupo de extrema-esquerda, denominado Núcleo de Conspiração de Fogo, que a polícia achava que tinha desmantelado em 2011.

Fonte ligada à investigação da polícia em Paris, onde está localizado o FMI, disse que o correio consistia em dois tubos de pó preto e um disparador elétrico improvisado.

O Núcleo de Conspiração de Fogo, considerada uma organização terrorista por Washington, terá enviado o correio para embaixadas estrangeiras na Grécia e para líderes europeus em 2010.

O grupo, com ligação à Federação Informal Anarquista (Itália), apenas reivindicou o correio enviado para o Ministério das Finanças alemão.

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