“Depois destas eleições autárquicas - sendo certo que ainda não está tudo apurado e que o resultado no município da Maia está a ser disputado voto a voto nas contagens finais - há uma coisa que, independentemente desse resultado, é já inequívoco: o distrito do Porto fica pintado a cor-de-rosa depois destas eleições”, afirmou Manuel Pizarro em declarações aos jornalistas na sede distrital do PS no Porto.

Considerando que no domingo foi “um grande dia para o PS no distrito do Porto”, Pizarro – ladeado por Eduardo Vítor Rodrigues (reconduzido no município de Vila Nova de Gaia, “com 63% dos votos) e por Luísa Salgueiro (que conquistou a câmara de Matosinhos) – destacou as “vitórias extraordinárias” obtidas “em vários municípios que já eram de governação socialista”, mas também as vitórias do PS, “pela primeira vez na história da democracia”, nos concelhos do Marco de Canaveses e de Paredes, para além de ter também vencido no concelho de Felgueiras.

“No seu conjunto, este é um extraordinário resultado que não apenas torna o PS no maior partido autárquico do distrito do Porto, como, somando estas vitórias a vitórias alcançadas pelo PS noutros municípios da área metropolitana que não fazem parte do distrito do Porto, mas do distrito de Aveiro [designadamente a confirmação da vitória do PS em Arouca e as novas vitórias do PS em Oliveira de Azeméis e em São João da Madeira, onde o PS nunca tinha ganhado] fazem com que o PS, ao fim de 20 anos, recupere de forma inequívoca a liderança da Área Metropolitana do Porto”, sustentou Manuel Pizarro.

Para o líder do PS/Porto, este resultado não só confirma que a estratégia definida pela distrital “de estabelecer um discurso regional e um discurso metropolitano terá sido percebida pela grande maioria dos cidadãos”, como é também um reflexo da governação socialista do país.

“O aumento da afluência dos eleitores às urnas, que é um dos grandes dados destas eleições, reflete, do nosso ponto de vista, um reencontro dos cidadãos com a política que deve muito à governação do PS e de António Costa e ao princípio - que é decisivo na vida política - que palavra dada é palavra honrada”, sustentou.

Descrevendo como “absolutamente inequívoco” o resultado obtido pelos socialistas no Porto, Pizarro admitiu que “os cidadãos da área metropolitana e do distrito têm agora toda a legitimidade para pedir contas ao PS nos próximos quatro anos”.

“O PS já era o partido mais votado na Área Metropolitana do Porto nas eleições de 2013. Agora é também, por larga margem, o partido que tem mais presidências de câmara, portanto vai naturalmente liderar a Junta Metropolitana do Porto”, salientou, antecipando, numa “perspetiva positiva” que diz fazer questão de assumir, uma “convivência boa” com o reeleito presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira.

Questionado pelos jornalistas porque é que num distrito “pintado a cor-de-rosa” voltou a ficar de fora a Câmara do Porto, onde a candidatura por si liderada não conseguiu vencer Rui Moreira, Manuel Pizarro gracejou que tal só não aconteceu “porque o adversário não era do PSD”.

Em tom já mais sério, Pizarro recordou as “circunstâncias muito difíceis com que o PS enfrentou as eleições na cidade do Porto” e considerou que, “tudo somado”, os socialistas fizeram “um percurso de notável recuperação” e obtiveram “um bom resultado”, aumentando “o número de votos, a percentagem [obtida] e o número de eleitos”.

Assumindo as eleições autárquicas como “iminentemente locais”, o líder do PS/Porto disse contudo não “esconder que a bandeira do Partido Socialista” e os resultados obtidos pelo Governo “ao fim de cerca de metade da legislatura cumprida também darão um contributo” para os resultados autárquicos.

Contudo, assegurou, se “o PS no Porto vai continuar a ter uma relação próxima com o Governo”, esta não será “uma relação acrítica”: “Nós ajudamos muito o Governo, apoiando as medidas corretas e criticando e sendo exigentes quanto à atitude em relação ao Porto, em defesa da nossa região e da nossa metrópole”, concluiu.

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