A força será composta maioritariamente por militares do Exército e terá uma dimensão equivalente ao contingente que retirou do teatro de operações do Kosovo em maio passado (mantém-se dez militares no quartel-general).

Quando foi anunciada a retração da missão da NATO no Kosovo, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, assumiu o compromisso de manter um empenhamento relevante e equivalente de forças terrestres em missões da Organização.

Em junho passado, o ministro disse em Bruxelas, na sede da NATO, que há "uma disponibilidade total" admitindo a possibilidade de juntar a "força de reação rápida e a formação e o treino, em torno dos 170 homens".

O que está já definido é que a projeção do dispositivo português se faça no próximo ano, estando em negociação não só a dimensão, mas também o local e as funções atribuídas, face às necessidades da Organização e das forças afegãs, disse fonte da Defesa.

O plano das Forças Nacionais Destacadas para 2018 terá de ser apreciado em Conselho Superior de Defesa Nacional.

Sem data para terminar, a `Resolute Support Mission´ começou em 2015 e visa o treino, aconselhamento e apoio às forças militares e de segurança e o fortalecimento das instituições do Afeganistão, contando com cerca de 13 mil militares de 39 países, na força multinacional liderada pela NATO.

Atualmente, Portugal tem dez militares na missão da NATO (oito oficiais e dois sargentos) em funções em cargos do Estado-Maior do Quartel-General e do Comando da Componente de Operações Especiais.

A `Resolute Support Mission´ sucedeu à ISAF (Força Internacional de Apoio à Segurança) na qual Portugal participou com cerca de 3.200 militares em 12 anos.

A NATO está presente no Afeganistão com mandato da ONU desde 2003, a pedido dos EUA, na sequência do ataque terrorista naquele país em 11 de setembro de 2001.

Atualmente, os EUA preparam-se para enviar mais 3.900 militares para a missão de combate ao terrorismo que mantém na República Islâmica do Afeganistão, palco de grupos terroristas e instabilidade.

Segundo dados da ONU, só no primeiro semestre do ano, 1.662 pessoas foram mortas e mais de 3.500 feridas.