Claudia Patatas, de 38 anos, vai ser presente a um juiz no tribunal criminal central de Londres para uma audiência onde deverá alegar inocência ou culpa, juntamente com os restantes suspeitos.

Os seis réus ficaram sob prisão preventiva após a audiência no tribunal de Magistrados de Westminster de 09 de janeiro, onde foram confrontados com as acusações de envolvimento na preparação e instigação de atos de terrorismo e de serem membros da organização Ação Nacional.

A portuguesa, residente na localidade de Banbury, 130 quilómetros a noroeste de Londres, foi mantida sob prisão preventiva juntamente com outros cinco homens, um dos quais o alegado companheiro.

Adam Thomas, de 21 anos e residente na mesma morada que Claudia Patatas, é acusado de posse de "informações de tipo suscetível de ser útil a uma pessoa que cometa ou prepara um ato de terrorismo".

De acordo com a imprensa britânica, o jovem, que se apresentou no tribunal de cabeça rapada, teria na sua posse uma cópia do livro "The Anarchist Cookbook" [O Livro de Cozinha do Anarquista], cujo conteúdo inclui instruções para o fabrico de engenhos explosivos.

A polícia de West Midlands, que coordenou a operação e fez as primeiras detenções e iniciou as buscas a 03 de janeiro, nomeou os restantes elementos: Nathan Pryke, de 26, Darren Fletcher, de 28 anos, Daniel Bogunovic, de 26 anos, Joel Wilmore, de 24 anos.

Fletcher é acusado de cinco acusações de desrespeitar uma ordem de comportamento anti-social e Bogunvic foi também acusado de uma infração separada de incitar o ódio racial ao colar autocolantes da Ação Nacional no campus da Universidade de Aston, em julho de 2016.

A polícia frisou que as detenções realizadas a 03 de janeiro, completadas por buscas em vários locais, foram planeadas e desencadeadas por informação, e não devido à existência de uma ameaça iminente para a segurança pública.

A Ação Nacional, declarada oficialmente ilegal em dezembro de 2016 após três anos de existência, foi a primeira organização de extrema-direita a ser considerada proibida no país enquanto grupo terrorista devido ao material que disseminava na Internet, nomeadamente nas redes sociais, com imagens e linguagem violentas e apelos a atos de terrorismo.

Os seus membros ou apoiantes podem ser condenados até 10 anos de prisão.