Segundo dados da Câmara, o movimento turístico no posto de atendimento de Aveiro fechou o ano de 2016 com um aumento de 40% face ao ano anterior e houve um crescimento continuado de dormidas.

Devido a esta situação, alguns proprietários de casas optaram pelo alojamento local em detrimento do alojamento universitário.

Em declarações à agência Lusa, Xavier Vieira disse que o número de habitações que existem na cidade "começa a diminuir, porque estão destinadas a outro público, como o alojamento local e empreendimentos turísticos".

O representante dos estudantes diz que esta situação originou uma "ligeira" subida dos preços que estão a ser pedidos pelas rendas, embora sem quantificar o valor do aumento.

"Aquilo que nos tem chegado é que a nível de valores as rendas mensais por um quarto estão na casa dos 150 a 250 euros", disse Xavier Vieira.

O reitor da Universidade de Aveiro (UA), Manuel Assunção, diz que está atento ao problema, admitindo que há menos oferta no mercado de arrendamento de habitação devido ao aumento da pressão turística em Aveiro.

"Há alojamentos que os proprietários se habituaram a arrendar noite a noite e, portanto, enquanto durar esta procura turística, as pessoas não estão disponíveis para o alojamento mensal, que é o que os estudantes procuram", disse Manuel Assunção.

Apesar disso, o reitor disse que o número de alunos que se inscreveram este ano para vagas nas residências universitárias é "muito parecido" com o do ano anterior.

Manuel Assunção referiu ainda que a UA tem 1.100 camas disponíveis nas residências universitárias, das quais cerca de 270 estão reservadas para os estudantes internacionais. "É a maior percentagem a nível nacional depois da Universidade da Beira Interior", disse o reitor.

Além das residências, a UA criou uma lista com a oferta de alojamento certificado, para evitar a especulação, que inclui um conjunto de 230 quartos e apartamentos em Aveiro, Águeda e Oliveira de Azeméis, onde se localizam os polos da UA.