O prémio, instituído pela Universidade de Évora (UÉ) em 1997, distingue, anualmente, o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa, relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio, explicou a instituição.

Segundo a UÉ, as propostas de candidatura devem ser oriundas de universidades em que se desenvolvam estudos de Literaturas e/ou Culturas Lusófonas ou de instituições culturais relevantes nesses âmbitos.

“A candidatura deve ser fundamentada com a apresentação do autor e respetiva obra literária”, acrescentou a academia alentejana.

As propostas podem ser enviadas para a UÉ em suporte papel, dirigidas ao presidente do júri, ou em suporte digital (premiovergilioferreira@uevora.pt).

A entrega do prémio, no valor de quatro mil euros, está agendada para 01 de março - no mesmo dia em que se assinala o aniversário da morte do seu patrono -, com a cerimónia a decorrer na universidade alentejana.

O júri da edição 2017 do galardão vai ser constituído pelos professores António Sáez Delgado (presidente) e Elisa Nunes Esteves, da Universidade de Évora, Mário Avelar, da Universidade Aberta, Pedro Ferré, da Universidade do Algarve, e Gustavo Rubim, da Universidade Nova de Lisboa.

O escritor açoriano João de Melo venceu a mais recente edição do Prémio Vergílio Ferreira, este ano, com o júri a considerar a sua obra ficcional como sendo “reveladora de um imaginário transfigurador poderoso”.

O que faz da obra de João de Melo, segundo o júri, “uma das mais relevantes da sua geração”.

O Prémio Vergílio Ferreira foi atribuído, pela primeira vez, a Maria Velho da Costa, seguindo-se Maria Judite de Carvalho, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Vítor Manuel de Aguiar e Silva e Agustina Bessa-Luís.

Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Mário de Carvalho, Luísa Dacosta, Maria Alzira Seixo, José Gil, Hélia Correia e Ofélia Paiva Monteiro e Lídia Jorge foram os outros galardoados, além de João de Melo.