O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, guiou na Escola Secundária de Caneças a "Maior Lição do Mundo", promovida pela Unicef, orientando a conversa por vários dos 17 princípios para o desenvolvimento, que vão do combate às alterações climáticas à promoção da igualdade de género ou à proteção dos oceanos.

Tanto mais espontânea quanto mais novos os participantes, pela conversa viu-se que os alunos querem uma escola de qualidade e isso para eles significa compreender aquilo de que falam os professores, meninas e meninos com oportunidades iguais e recreio.

Tudo coube nos objetivos de desenvolvimento sustentável na agenda da lição, que nem todos conheciam, mas cujas ideias todos acabaram por partilhar.

Em terra com tradição aguadeira, de onde durante séculos partiu a água que abastecia Lisboa, veio um apelo à preservação da água e à eliminação das desigualdades, lembrando o que os alunos de Caneças têm, como água potável e livros, e que não existe para os colegas dos países em guerra ou onde a pobreza impera, como na Síria ou em algumas nações africanas.

Em declarações aos jornalistas, Tiago Brandão Rodrigues defendeu a educação como "elevador social", sem que os fracos recursos das famílias impeçam os filhos de aceder a educação de qualidade em todos os graus de ensino.

Questionado sobre se no próximo orçamento vai aumentar a dotação para a educação, afirmou apenas que estar "apostado em dotar orçamentalmente a educação com todos os recursos que merece".

Repetindo as conclusões que ouviu de várias das crianças que levantaram a mão para falar na aula, que hoje decorreu na biblioteca da escola, afirmou que é preciso "dar lugar à cidadania, artes e desporto, nunca pondo para trás a matemática, as ciências e o português".

Retransmitida pela Internet para todas as escolas do país, a maior lição do mundo juntou no ano letivo anterior cerca de 2,1 milhões de alunos de 65.000 escolas de vários países, cada um com a sua própria aula.