Questionado pelos jornalistas à margem de uma visita à Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar da Póvoa de Varzim, que celebra o seu 10º aniversário, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o que se passou entre 2011 e 2014 “merece” ser investigado.

“Se for assim, o que se teria passado entre 2011 e 2014, isso merece ser investigado e merece ser apurado para se tirarem lições para o futuro, porque em tempo de sacrifícios, porque foram muito grandes e alguns continuarão a ser, os portugueses que fizeram esses sacrifícios não percebem facilmente como é que houve alguns, se for esse o caso, uma minoria, que fugiu aos sacrifícios e não contribuiu para o que era do interesse nacional”, declarou o Presidente da República.

O jornal Público noticiou na terça-feira que quase 10 mil milhões de euros em transferências realizadas entre 2011 e 2014 para contas sediadas em paraísos fiscais não foram nesse período alvo de qualquer tratamento por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, embora tenham sido comunicadas pelos bancos à administração fiscal, como a lei obriga.