Em entrevista à TF1, Emmanuel Macron prometeu ainda ser “inflexível nesta questão”.

Sem mudar a lei, “serão tomadas medidas mais duras e será feito o que se deve fazer”, afirmou.

“Descobri, como vós, este caso. E é por isso que quero ser aqui inflexível. Todas e todos, que sendo estrangeiros em situação irregular, cometam um delito, independentemente do que for, serão expulsos”, anunciou o chefe de Estado francês.

No início de outubro, um tunisino de 19 anos, Ahmed Hanachi, assassinou à facada duas mulheres em Marselha (sul de França), dois dias depois de ter sido detido para identificação e libertado apesar de se encontrar em situação irregular.

Sobre a questão do acordo nuclear com o Irão, Macron indicou que pretende deslocar-se a Teerão “no momento certo”, naquela que será a primeira visita de um chefe de Estado francês ao Irão desde 1976.

“Irei, no momento certo, para manter um diálogo necessário com o Irão”, afirmou Emmanuel Macron, ao ser questionado nas cadeias TF1 e LCI, sobre se pretendia realizar esta visita histórica a Teerão a convite do Presidente iraniano, Hassan Rohani.

Na sexta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou certificar o acordo histórico de 2015 e ordenou ao Congresso norte-americano para “preencher as graves e numerosas lacunas do texto”.

Macron pediu a Trump para “não rasgar o acordo” e defendeu que a UE “se mantenha no acordo para controlar melhor” a situação.

Trump “quer endurecer a sua posição com o Irão, que foi o que declarou na sexta-feira”, afirmou Macron, na primeira grande entrevista na televisão desde que foi eleito.

“Disse a Trump que era um mau metódo. Basta olhar para a Coreia [do Norte], rompemos todas as negociações com a Coreia. Qual foi o resultado? Acordamos alguns depois com uma Coreia prestes a ter armas nucleares”, disse.

Macron explicou ter proposto a Trump que se mantenha “um diálogo exigente” e que se continue a controlar o Irão, sendo muito mais exigente com o Irão em relação aos mísseis que dispara, que não nucleares, e sobre a ação de Teerão na região”.

Emmanuel Macron vai receber na quinta-feira, no Eliseu, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Yukiya Amano, encarregado do programa de vigilância do controverso ‘dossier’ iraniano.

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