Numa nota, a PGDL indica que quatro arguidos ficaram em prisão preventiva por se verificarem "os concretos perigos de continuação de atividade criminosa".

Segundo aquela estrutura do Ministério Público, aos restantes arguidos foi-lhes aplicada as medidas de coação de apresentações periódicas, proibição de contactos e proibição de se ausentarem do país.

As medidas de coação foram aplicadas aos 17 arguidos detidos na terça-feira pela PJ após o primeiro interrogatório judicial realizado na quarta-feira.

Segundo a PJ, os 17 arguidos são suspeitos da “prática continuada de crimes de furto, violação de correspondência, falsificação de documentos, burla qualificada e branqueamento de capitais”.

Os suspeitos foram detidos na sequência de uma investigação que decorria há cerca de um ano e que visava “uma associação criminosa que se vinha dedicando ao furto de cheques da Caixa Geral de Depósitos, titulados pela Segurança Social e dirigidos a beneficiários diversos”.

A PJ apreendeu computadores, telemóveis e material utilizado nas falsificações, bem como documentação relacionada com a atividade em investigação e uma pequena quantidade de cocaína.

Com esta operação, denominada Cheque out, a PJ desmantelou a organização criminosa que “iniciava a sua atuação com o furto dos cheques das instalações de uma empresa multinacional, onde os mesmos eram impressos e envelopados”.

Na posse dos referidos cheques, os mesmos eram, posteriormente, encaminhados para um intermediário que, por sua vez, os entregava aos falsificadores, os quais modificavam os elementos dos documentos, de modo a alterar o nome do verdadeiro beneficiário para os de titulares de contas de outros membros da organização, vulgo “mulas”, descreve a PJ.

De seguida, os cheques eram depositados nessas contas e através de levantamentos em caixas multibanco, ou da compra de moeda estrangeira e posterior venda da mesma e compra de euros, os autores apropriavam-se dos valores inscritos naqueles títulos de pagamento.

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