Na Indonésia, alguns manifestantes queimaram a bandeira norte-americana em frente à embaixada em Jacarta, onde se reuniram envergando cartazes e emblemas da Palestina.

“Nahdlatul Ulama (NU) condena os Estados Unidos e Israel por invadir a cidade de Jerusalém”, lia-se num dos cartazes em Jacarta, da NU, a maior organização independente muçulmana da Indonésia, o país com maior número de seguidores do Islão.

O porta-voz da polícia de Jacarta, Argo Yuwono, estimou, em declarações à Efe, que cerca de 500 pessoas se reuniram na capital, sem que se registassem percalços significativos.

Em Surabaia, a segunda cidade da nação em número de habitantes, outros grupos concentraram-se em frente ao consulado norte-americano.

Na capital da Malásia, pelo menos mil pessoas gritaram palavras de ordem contra Trump e queimaram figuras e fotografias do mandatário junto à vedação da embaixada dos EUA, noticia o diário Malasiankini.

O protesto em Kuala Lumpur contou com a participação de líderes e membros do partido governamental Organização Nacional para a Unidade Malásia (UMNO), outros grupos que representam a maioria de etnia malaia e religião muçulmana e ONG islâmicas.

As embaixadas norte-americanas em ambos os países pediram aos seus cidadãos para tomarem precauções e “evitarem zonas de manifestações”.

Trump anunciou, na quarta-feira, o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e prometeu a transferência da embaixada de Telavive para aquela cidade, após décadas de consenso internacional que condicionavam a decisão a um acordo de paz.

O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, e o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, condenaram na quinta-feira a decisão de Trump e pediram-lhe que reconsiderasse a sua postura.

Cerca de 88% dos mais de 260 milhões de indonésios são muçulmanos, enquanto 61% dos quase 30 milhões de malaios professam o Islão.