Um dos objetivos para 2020 é que a subsidiária da GM saia do vermelho, após somar 15 mil milhões de dólares (14,1 mil milhões de euros) de perdas acumuladas nos últimos 16 anos, apesar da redução nos últimos anos: 257 milhões de dólares (242 milhões de euros) em 2016 depois de 813 milhões de dólares (768 milhões de euros) em 2015.

Com o negócio que dá a ‘prata’ ao grupo liderado pelo português Carlos Tavares (com 2,95 milhões de veículos vendidos em 2016), atrás da Volkswagen (3,91 milhões), chega ao fim quase 90 anos de presença industrial do gigante norte-americano GM na Europa.

O negócio formalizado hoje envolveu 1,3 mil milhões de euros pela compra da subsidiária da GM e 900 milhões de euros para garantir as operações financeiras da GM.

A nível das atividades financeiras, o capital social das sociedades financeiras cativas da Opel/Vauxhall será dividido entre Banque PSA Finance e o BNP Paribas Personal Finance, que passam a responder a necessidades de 1.800 concessionários de 11 países europeus.

Os ativos em circulação, no final de 2016, geraram cerca de 9,6 mil milhões de euros, dos quais cerca de 5,8 mil milhões são financiados por depósitos ou securitizações (titularizações).

Prevê-se que a transação esteja concluída no quarto trimestre de 2017, estando sujeita às habituais aprovações por parte das leis da concorrência e outras exigências legais.

Na conferência de imprensa de anúncio do negócio, Carlos Tavares garantiu a manutenção da identidade de cada marca, dado o interesse de clientes em adquirirem viaturas alemãs e francesas.

O responsável afirmou a intenção de manter Karl-Thomas Neumann na liderança da Opel e que não é objetivo reduzir o número de trabalhadores.

Carlos Tavares garantiu que respeitará os acordos existentes, em particular com os sindicatos sobre a garantia de emprego.

Em Portugal, o grupo francês PSA tem uma fábrica em Mangualde, onde a produção de um novo modelo deverá criar uma terceira equipa de trabalhadores em 2019, que poderá incluir entre 250 a 300 pessoas, disse o diretor da unidade, José Maria Castro Covello, numa entrevista à Lusa em 13 de fevereiro.