“O PSD, quando saíram os resultados da primeira volta destas eleições, declarou que favorecia o candidato pró-europeísta e defensor dos valores da Europa, da sociedade aberta e da economia social de mercado”, disse Miguel Morgado, deputado do maior partido da oposição em Portugal, à agência Lusa.

De acordo com o social-democrata, a segunda volta de hoje “confirmam a vitória desse candidato”, considerando que a eleição de Macron constitui “o resultado mais favorável ao interesse de Portugal como parceiro e aliado da França no contexto da União Europeia”.

Para Miguel Morgado, “é um erro subestimar os resultados de Marine Le Pen”, alertando que “o apoio que ela conseguiu granjear na primeira e agora na segunda volta devem constituir antes um sinal de que há muito trabalho político a fazer, muito debate político, intelectual, cultural de crítica aos extremismos políticos de esquerda e de direita na Europa”.

“Esse trabalho crítico tem que ser intensificado em França, no resto da Europa também e em Portugal também. Deve ser um sinal de alerta e não devemos ser complacentes apesar de a vitória [de Macron] ter sido muito expressiva”, defendeu.

Depois desta longa campanha terminada, o deputado do PSD destacou que “nesta segunda volta ficou muito claro que havia um projeto político de abraçar a integração europeia com as reformas que a União Europeia, mas que devem ser feitas em cooperação e diálogo com os parceiros europeus e não em conflito e rutura”.

“A defesa que Macron fez dos valores europeus contrasta com a atitude muitas vezes em toda a Europa, mas também em Portugal, de muitos políticos, partidos e governos até, de uma ação dúplice de se defenderem dos seus fracassos políticos atrás da Europa”, comparou, numa crítica implícita à esquerda portuguesa.

Para Miguel Morgado, “Macron fez uma defesa da Europa sem complexos”.

“Resta-nos aguardar pelas eleições legislativas e saber até que ponto foi levada a destruição do partido socialista francês, que nestas eleições presidenciais acaba por ser o grande dado novo que é o quase desaparecimento de uma força política que ainda tem maioria absoluta no atual parlamento”, antecipou ainda.

O centrista Emmanuel Macron foi eleito Presidente de França com um intervalo entre 65,5 a 66,1% dos votos, segundo as primeiras projeções divulgadas após o fecho das urnas.

As estimativas atribuem a Marine Le Pen (extrema-direita) uma votação entre 33,9% e 34,5%.

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