“Nesta altura, perante a não recandidatura de Pedro Passos Coelho, é quem está em melhores condições de conduzir o PSD nos próximos anos. É preciso que o PSD regresse às suas origens, ao seu eleitorado e que possa voltar a olhar para o centro como aquilo que decide eleições em Portugal”, disse Armando Varela à Lusa.

Para Armando Varela, Portugal “não é um país de direita e de esquerda”, mas sim um “país de portugueses” e, perante esse cenário, “tem que haver um regresso” do PSD à sua “matriz identitária”, o partido considerado o “mais português de Portugal”.

“Eu acho que o Rui Rio personifica esse PSD, que é o PPD/PSD”, sublinhou o líder social-democrata da distrital de Portalegre e também presidente da Câmara de Sousel.

Sobre a eventual candidatura de Pedro Santana Lopes à liderança do partido, Armando Varela referiu que é um sinal da “vitalidade” interna do PSD.

“Eu acho que haver duas candidaturas não tem nenhum problema, é sinal da vitalidade interna do partido, que o partido está vivo e disposto a continuar a lutar pelo país. São sensibilidades diferentes, mas eu acho que é salutar para o partido”, considerou.

O Conselho Nacional do PSD aprovou na segunda-feira à noite a realização de eleições diretas para escolher o presidente do partido a 13 de janeiro e o Congresso a 16, 17 e 18 de fevereiro.

O anúncio foi feito pelo secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, no final do Conselho Nacional do partido, segundo o qual a proposta foi aprovada "por esmagadora maioria".