"Em 2013 havia 32 companhias (aéreas) estrangeiras a operar no país e à data de hoje estão 11, nada mais", disse o Presidente da ALAV, aos jornalistas.

Humberto Figuera fazia referência ao Dia Mundial do Turismo, que hoje se celebra e que, na Venezuela, serve para "debater sobre as ligações aéreas e como mantê-las".

Por outro lado, explicou que no país existem 102 aviões, dos quais apenas 25% estão operacionais, em uso por companhias venezuelanas, por não cumprirem com requisitos mínimos de segurança nas estritas inspeções que faz o Instituto de Aeronáutica Civil da Venezuela (INAC).

Segundo Humberto Figuera, o principal problema das companhias aéreas da Venezuela é a falta de divisas, devido ao sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção local de moeda estrangeira.

"As que têm sobrevivido têm podido fazê-lo, porque têm voos internacionais e com isso compensam, mas muitas companhias aéreas deixaram de voar para destinos nacionais (venezuelanos) ou reduziram o número de voos", frisou.

Entretanto, a companhia venezuelana Aeropostal anunciou que suspendia as suas operações porque esgotou as horas de voo permitidas para a única aeronave que estava operacional, das seis que possui.

A Aeropostal não tem recursos económicos para efetuar a manutenção programada e para retomar as operações.

Por outro lado, precisou que o Governo venezuelano deve 4.000 milhões de dólares (3.418 milhões de euros) por conceito de capitais gerados pelas operações, que estão retidos na Venezuela.

Entre as empresas afetadas, segundo a imprensa, está a TAP, que terá por repatriar 2.770 milhões de euros e que atualmente não vende bilhetes em bolívares.

Desde 2013 que as companhias aéreas internacionais anunciaram uma redução dos voos para a Venezuela e algumas delas, como a United, Air Canadá, Lufthansa, Alitalia, Latam, Tiara Air, Lufthansa, GOL e Aeroméxico suspenderam as suas operações.