“As indicações preliminares que nos chegam indicam que devido a má visibilidade que se fazia sentir naquela hora, a aeronave terá colidido com o monte Vumba, criando uma condição classificada como CFIT [Controlled flight into terrain]”, disse João Abreu, explicando que nesta condição o piloto perde o controlo do aparelho e só se apercebe ao colidir.

A aeronave, operada pela ETA AIR Charter e baseada na cidade da Beira, foi fretada à empresa Cornelder Moçambique para ligar as cidades da Beira (Moçambique) e Mutare (Zimbabué), tendo despenhado-se na aproximação a Mutare, após colidir com a cordilheira montanhosa de Machipanda, matando as seis pessoas a bordo, segundo um comunicado da Cornelder Moçambique enviado à Lusa.

João Abreu disse que a comissão de inquérito indicada por Moçambique já está a trabalhar em coordenação com as autoridades zimbabueanas no terreno e, oportunamente, as informações serão atualizadas.

“Hoje fez-se os procedimentos legais, estou a falar inclusive da medicina legal, para libertação dos corpos e a comissão está no terreno a recolher os dados e documentações”, afirmou o presidente do IACM.

O aparelho, com autonomia para três horas de voo, descolou da Beira às 07:15, com previsão de chegada a Mutare às 08:25, segundo a fonte da Cornelder Moçambique.

Os corpos das seis vítimas foram já transladados para Mutare.