"A reparação de imóveis classificados como monumentos nacionais vai avançar para permitir que as pessoas possam usufruir de locais que estavam esquecidos", disse Celeste Amaro na Sala dos Atos Grandes [Sala dos Capelos] da Universidade de Coimbra, onde decorreu a apresentação de um projeto que vai ligar em rede os sítios de Coimbra, Batalha, Alcobaça e Tomar que integram a lista de Património Mundial da Humanidade.

No total, serão mais de meia centena os imóveis classificados como monumentos nacionais na região Centro que irão beneficiar de intervenções, que serão suportadas em 85 por cento por fundos comunitários.

A seleção dos imóveis resultou de um trabalho de "mapeamento" que foi feito por técnicos da Direção Regional da Cultura do Centro, em articulação com os municípios.

No caso dos sítios de Coimbra, Batalha, Alcobaça e Tomar que integram a lista de Património Mundial da UNESCO irá ser feito ao longo dos próximos dois anos um investimento superior a 2,2 milhões de euros.

Os quatro locais estarão ligados em rede nos próximos dois anos através de elementos comuns como a programação cultural, educação, comunidade, comércio e comunicação, assumindo, segundo a Entidade Regional Turismo Centro, "um papel de dínamos turísticos da Região".

O primeiro objetivo do projeto é requalificar a oferta turística proposta nestes lugares, tornando a visita ainda mais atrativa através da oferta de programas educativos e culturais.

"Toda a atividade turística é em si um ato cultural", justificou Pedro Machado, presidente da Turismo Centro, acrescentando que o projeto "vai muito para além da sua dimensão geográfica".

Na mesma linha, o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, disse que o património dos quatro lugares da UNESCO no Centro "inclui uma espiritualidade que reforça a sua monumentalidade".

Integram a lista a lista de Património Mundial da Humanidade na região Centro o conjunto Universidade de Coimbra - Alta e Sofia, o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro de Alcobaça e o Convento de Cristo, em Tomar.