Segundo a análise do Education Policy Institute [Instituto para as políticas de Educação], "cerca de 900 mil crianças de famílias com baixos rendimentos vão perder direito ao almoço com esta proposta [que consta no manifesto Conservador para as próximas eleições]. Cerca de dois terços destas crianças pertencem a famílias que o Governo considera 'famílias trabalhadoras comuns'", disse Natalie Perera.

May anunciou a semana passada que os almoços gratuitos no ensino primário vão terminar se os Tories [Partido Conservador britânico] vencerem as eleições gerais marcadas para dia 8 de junho, noticia o Independent.

A primeira-ministra britânica quer substituir os almoços gratuitos por pequenos-almoços, ficando os almoços reservados apenas a crianças de famílias com mais dificuldades.

Contudo, com esta medida, May corre o risco de prejudicar as famílias que prometeu ajudar, nomeadamente as que se mantém à tona da água mas têm muitas dificuldades em fazer face às despesas, escreve o The Guardian.

Estas famílias, passariam a ter um custo adicional de 440 libras (510 euros) por cada criança, sendo que a medida deve poupar ao Estado 650 milhões de libras (756 milhões de euros) por ano.

Um porta-voz dos Tories, citado pelo Independent, afirmou que "não é correto gastar recursos preciosos a subsidiar refeições escolares a pais com mais recursos. Então, vamos dar o dinheiro aos diretores das escolas para gastarem na educação dos alunos. Iremos garantir que aqueles que precisam vão continuar a ter almoços grátis - e vamos oferecer um pequeno-almoço gratuito a todas as crianças, em todos os anos do ensino primário. Então, as crianças mais desfavorecidas vão passar a ter duas refeições gratuitas na escola em vez de uma", argumentou.

A medida dos pequenos-almoços gratuitos também foi bem recebida por alguns. O Institute for Fiscal Studies concluiu que, com isto, o desempenho das crianças mais pequenas pode efetivamente melhorar e destacou o facto de ser mais eficiente em termos de custos.

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