O diretor de comunicação da associação Cais, Helder Neto, responsável pela revista que é vendida por pessoas carenciadas para conseguirem melhorar as suas condições de vida, afirmou à agência Lusa que ter o chefe de Estado a dirigir a publicação era um desejo já manifestado pelos vendedores.

Marcelo Rebelo de Sousa já se tinha associado à Cais vestindo o colete típico dos vendedores da revista em março, no dia em que fez um ano da sua tomada de posse, assumindo o compromisso de ser diretor por uma edição.

Helder Neto referiu que a revista de maio seguiu o mesmo formato de outras edições que tiveram um diretor convidado, responsável pela escolha do tema e de grande parte dos artigos.

Apesar da escolha de Marcelo Rebelo de Sousa para diretor da Cais, o primeiro chefe de Estado a fazê-lo, a produção e método de venda da Cais não serão alterados, nem a tiragem da revista, fixada em dez mil exemplares.

A capa da revista é uma fotografia de Marcelo, sobre a qual estão chamadas para uma reportagem sobre os “jovens nem-nem”, referindo-se aos 300 mil entre os 15 e os 34 anos que não estudam, não trabalham nem estão em formação.

No editorial, o Presidente afirma que dificilmente poderia ter escolhido outro tema, já que “Portugal tem um desígnio de futuro”.

Aos jovens, lança dois desafios: que construam o “próprio futuro” e que se assuma “o compromisso da solidariedade”, louvando a Cais, que “tanto tem contribuído para a melhoria das condições de vida de cidadãos em risco de exclusão social”.

Marcelo Rebelo de Sousa escolheu ainda para ensaio fotográfico o trabalho “Roof”, de Mário Cruz, repórter fotográfico da agência Lusa.

“Roof”, que aborda os sem-abrigo e as partes abandonadas das cidades, é um projeto pessoal que valeu a Mário Cruz o prémio Magnum em 2015.

Duas crónicas, uma do atleta Nelson Évora, outra do catedrático Adriano Moreira, procuram responder à questão “que desafios traz o futuro aos jovens?”.

O Presidente da República escolheu ainda o filme “São Jorge” para o espaço de crítica cinematográfica, assinada por João Martins, uma obra que fala sobre as dificuldades socioeconómicas sentidas em Portugal durante a intervenção da ‘troika’ e do resgate financeiro ao país.

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