A acusação formal foi hoje apresentada pela Justiça em Manila mas o chefe de Estado, antigo autarca de Davao, está protegido pela imunidade política pelo que o processo não deve ser investigado.

O denunciante, Edgar Matobato, que já tinha prestado declarações em setembro no senado de Manila, fez parte dos “esquadrões da morte” organizados pelo atual presidente das Filipinas que, na altura em que era presidente da câmara, quis “limpar a cidade” de Davao de delinquentes.

De acordo com depoimentos publicados pelo jornal Phil Star, Matobato disse também que os grupos armados por Duterte são responsáveis pela morte de milhares de pessoas entre 1988 e 2013.

Duterte foi autarca de Davao, uma cidade com quase dois milhões de habitantes, durante 22 anos, nos períodos entre 1988 e 1998, de 2001 a 2010 e entre 2013 e 2016.

A denúncia de Matobato envolve também Paolo Duterte, filho do atual chefe de Estado das Filipinas e vice-presidente da câmara de Davao desde 2013, além de outras 26 pessoas.

Em comunicado, o gabinete do chefe de Estado das Filipinas considerou as acusações do antigo operacional como “manobra política, provocação e distração”.

Os “esquadrões da morte” de Davao foram investigados no passado, incluindo por uma comissão do Senado, mas nenhum dos processos foi conclusivo.

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