O objetivo último da espionagem russa a Trump (em 2013), indica um relatório elaborado por um antigo espião britânico, seria a de influenciar – com informações comprometedoras – o empresário nova-iorquino, caso este viesse a seguir uma carreira política, o que acabou por acontecer.

“Quando Trump veio a Moscovo (em 2013)… não era nenhuma figura pública da política”, disse Putin em conferência de imprensa. “Alguém pensa que os nossos serviços especiais perseguem todos os multimilionários norte-americanos? Claro que não, é completamente ridículo”, realçou.

Na mesma conferência, Putin acusou a administração Obama – de saída da Casa Branca – de tentar minar o Presidente eleito, Donald Trump, espalhando acusações falsas.

O dossiê sobre Trump, sublinhou Putin, é uma resposta do Presidente Obama para “minar a legitimidade do Presidente eleito”, apesar da sua “vitória convincente”.

Questionado sobre o dossiê que dá conta das atividades sexuais de Trump num hotel de Moscovo, Putin classificou-o de “falso” e acusou as pessoas que encomendaram o documento de serem “piores que prostitutas”.

Responsáveis dos serviços de informação apresentaram na semana passada ao próximo chefe de Estado dos Estados Unidos, bem como ao Presidente cessante, Barack Obama, uma sinopse de duas páginas com material possivelmente embaraçoso, noticiaram a CNN e o The New York Times.

Trump repudiou a informação, a circular na imprensa norte-americana, sobre material prejudicial para a sua vida política e pessoal como uma “caça às bruxas política”.

O portal de notícias Buzzfeed publicou, sem confirmar o seu conteúdo, o dossiê de 35 páginas de informações que serviram de base para a sinopse, que tem circulado em Washington há meses.

Os relatos referem vídeos sexuais envolvendo prostitutas, filmados durante uma visita de Trump, em 2013, a um hotel luxuoso da capital russa, Moscovo, supostamente com um objetivo de potencial chantagem.

Também sugerem que as autoridades russas propuseram negócios lucrativos para ganhar influência sobre o milionário.

A informação foi compilada por um antigo agente dos serviços secretos britânicos (MI-6), contratado por adversários na campanha presidencial norte-americana para investigar Donald Trump, a meio do ano passado, de acordo com a CNN.