“É muito fácil criticar o passado dos outros quando se tem muito passado e pouca coisa que possa ser falada”, afirmou Pedro Santana Lopes, num debate com militantes em Cascais, no distrito de Lisboa.

O primeiro debate entre os candidatos à liderança do PSD decorreu na quinta-feira à noite em tom duro, com constantes referências ao passado, com Santana Lopes a desafiar Rui Rio a esclarecer a que “trapalhadas” se referiu numa entrevista sobre o seu mandato como primeiro-ministro e a acusá-lo de ser siamês de António Costa e de atacar mais o partido do que o PS e o Governo.

Na resposta, Rui Rio voltou criticar o desempenho de Santana Lopes à frente do Governo entre 2004 e 2005: “O que estamos a escolher é o líder do PSD cujo objetivo é ser primeiro-ministro do pais. O dr. Pedro Santana Lopes teve um exercício como primeiro-ministro que correu manifestamente mal, se o candidato a primeiro-ministro for Santana Lopes todas essas fragilidades voltam ao de cima”.

“É verdade que fiz algumas coisas erradas, mas sou um ser humano. Sobre o meu passado já se debateu muito. Agora é tempo de debater o presente e o futuro”, argumentou esta noite em Cascais Pedro Santana Lopes

O também antigo presidente das câmaras municipais da Figueira da Foz e de Lisboa acusou Rui Rio de querer privilegiar os palcos televisivos à discussão com os militantes”.

Durante a sua intervenção, que durou cerca de 40 minutos, Pedro Santana Lopes defendeu várias ideias que tem vindo a transmitir aos militantes do PSD, nomeadamente a necessidade de pôr o país a “gerar riqueza e a crescer mais do que a média europeia”.

“Não podemos continuar com esta visão resignada e pequenina. Temos de trabalhar para diminuir o peso deste Estado que tem sido um Estado abusador”, criticou.

Neste debate interveio, igualmente, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, que utilizou um tom bastante duro em relação aos apoiantes de Rui Rio, os mesmos que, segundo o autarca, “sempre tentaram derrubar Pedro Passos Coelho, quando este ainda era primeiro-ministro.

“Não podia estar ao lado de quem foi desleal com o partido. Não podia apoiar esta hipocrisia, falta de ética e deslealdade para com o PSD e para com o país”, afirmou o autarca de Cascais.

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