Tendo como mote “Santarém precisa de uma Câmara nacionalista”, Carlos Teles elegeu como temas para a campanha no concelho “as áreas da justiça social, produção e comércio local, mobilidade e segurança”.

Carlos Alberto Teles, 66 anos, que já havia liderado a lista apresentada pelo PNR no distrito de Santarém nas eleições legislativas de 2015, disse à Lusa que a candidatura a esta capital de distrito acontece num momento em que o partido “está a crescer em todo o país”, pelo que entendeu concorrer em vários concelhos para assumir “mais responsabilidades” e “demonstrar capacidades”.

Filiado no Partido Nacional Renovador desde 2006, integra o Conselho Nacional e é vice-presidente da Mesa da Convenção do PNR.

Natural de Santarém, o candidato reside em Odivelas, no distrito de Lisboa, mas afirmou que “conhece bem” a cidade.

Com o curso geral de Comércio e profissional de artes gráficas, dedica parte do seu tempo à vitivinicultura e à fruticultura.

Entre os projetos que inclui na sua candidatura destaca “a reabilitação de zonas degradadas como a ribeira de Santarém e Alfange, [a iniciativa de] pressionar a Infraestruturas de Portugal para a construção de uma via rápida alternativa à Estrada Nacional 362 (que liga a cidade à vila de Alcanede) para melhor circulação e mais segurança no trânsito, nomeadamente para os transportes pesados”.

Propõe-se ainda a “providenciar que certas localidades mais isoladas do concelho tenham transporte específico para centro de saúde, hospital, Loja do Cidadão, tribunal, locais de atendimento camarário”, bem como a “proteger e apoiar o comércio local, e criar taxas específicas para comerciantes não europeus que por quaisquer formas criem situações não concorrenciais com os nacionais”.

Carlos Teles opõe-se à receção de refugiados, “com exceção de cristãos”.

Nas eleições autárquicas de 2013, o PSD conquistou a Câmara de Santarém com 11.196 votos (40,31%), tendo quatro eleitos (ficou a dois votos da maioria absoluta), o PS teve 8.962 votos (32,27%), elegendo quatro vereadores, e a CDU 2.872 votos (10,34%), com um eleito, num universo de 27.774 votantes (dos 53.418 inscritos).

Até ao momento foram anunciadas as candidaturas do PS, Rui Pedro Barreiro (17 de janeiro), do CDS-PP, António Rocha Pinto (16 de fevereiro), do PNR, Carlos Teles (11 de março), e do PSD, Ricardo Gonçalves (21 de março).