“A aceitação da presença desta relíquia em Fátima deve-se essencialmente à ligação profunda existente entre São João Paulo II e Fátima, que o santuário procura também sublinhar neste ano do centenário (das aparições)”, justifica, lembrando que se tratou do papa que mais vezes visitou Fátima.

Segundo informação prestada pelo santuário, no dia 21 “far-se-á o acolhimento da relíquia na Capelinha das Aparições e a oração do terço” e, depois desta celebração, “a relíquia estará exposta na Capela da Ressurreição de Jesus, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, à veneração dos fiéis”.

Durante o dia seguinte, a veneração ocorrerá no mesmo local mas, às 18:30, a relíquia será acolhida na Basílica de Nossa Senhora do Rosário “para a celebração da missa votiva de São João Paulo II”, acrescenta.

O Santuário de Fátima recorda que, “desde tenra idade, Karol Wojtyla (João Paulo II) criou uma forte devoção a Nossa Senhora” e, “quando morreu a sua mãe, ainda criança, passou a visitar frequentemente a igreja paroquial e habituou-se a confiar todas as suas preocupações e anseios à 'Virgem'”.

“Mais tarde, quando foi nomeado bispo, escolheu para as suas armas episcopais a letra M junto à cruz e o lema Totus Tuus (Todo teu), como sinal de total entrega a Maria. E com frequência o então bispo e cardeal de Cracóvia era visto no Santuário da Virgem Negra de Czestochowa, ajoelhado aos pés da Rainha da Polónia”, refere, considerando que “a devoção de João Paulo II a Nossa Senhora sempre foi evidente”.

O santuário lembra que, “depois do atentado que por muito pouco não o matou, na praça de São Pedro, a 13 de maio de 1981, o papa agradeceu à ‘Virgem de Fátima’ o ter-lhe salvo a vida” e que, no ano seguinte, ele se deslocou a Fátima para “agradecer esta especial proteção”.

“Com efeito, todo o pontificado de João Paulo II está intimamente ligado à mensagem de Fátima”, sublinha.