“O Santuário de Fátima não poderia ficar indiferente diante da catástrofe que afetou particularmente a diocese de Leiria-Fátima. Felizmente não houve vítimas mortais entre nós, mas 80% do Pinhal de Leiria ardeu, bem como algumas casas e quintais, com elevados danos materiais”, disse o bispo António Marto, indicando que a verba disponibilizada vai ser entregue à Cáritas nacional.

Falando na sala de imprensa do Santuário de Fátima, António Marto manifestou plena solidariedade com todas as vítimas dos “terríveis incêndios”, de forma particular aos familiares daqueles que perderam a vida.

Neste âmbito, o bispo diocesano deixou ainda uma palavra de conforto aos bombeiros e “a todo o povo que tem contribuído com todas as suas forças” para combater os fogos.

“As nossas populações têm feito o possível para apagar os fogos e não se pode acusar de não terem feito tudo o que estava ao seu alcance. O que tem faltado são medidas concretas de combate aos incêndios e está na hora de passar das palavras aos atos”, disse o bispo de Leiria-Fátima.

Na perspetiva de António Marto, “é urgente” que se passe à ação concreta em termos de prevenção e combate aos fogos em Portugal.

“Renovo o meu apelo ao senhor Presidente da Republica para que assuma esta causa nacional e faça convergir a ação de todos pela defesa do bem comum, reunindo todas as instâncias necessárias para a prevenção e o combate aos incêndios”, afirmou o prelado.

Já em agosto deste ano, António Marto apelou a Marcelo Rebelo de Sousa que assumisse a “mobilização da sociedade” na prevenção aos incêndios e não deixasse “cair no esquecimento esta causa”.

Para o bispo, é preciso “congregar sinergias de forma concertada”, reunindo todas as instâncias do Estado à Igreja Católica e todas as confissões religiosas, as autarquias, as escolas e “as mais variadas associações e instituições” em prol da prevenção dos incêndios.

“É preciso despartidarizar este problema que é causa nacional e não permitir que ninguém o instrumentalize”, frisou António Marto, considerando que os incêndios fazem com que o país viva um “momento particularmente dramático”.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos e 62 feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

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