Em comunicado, os biólogos do instituto de Ciências do Mar (ICM-CSIC) de Barcelona fizeram este aviso depois da publicação de um artigo científico na revista ‘online’ suíça “Toxins”, realizado pela universidade do Havai.

O estudo foi feito com duas espécies de alforrecas - animal aquático de corpo mole e gelatinoso, com tentáculos que, após o contacto, podem injetar uma espécie de espinho - muito perigosas que habitam na costa do Havai e da Austrália.

Tratam-se das alforrecas da classe ‘Cubozoa’, a ‘alatina alata’, que habita nas costas do Havai, e a espécie de alforreca mais perigosa do mundo ‘Chironex fleckeri’, comum nas águas australianas.

“Nenhuma destas espécies de alforrecas se encontram nas águas espanholas, lá só habitam espécies de alforrecas que não têm o perigo das espécies tropicais citadas”, explicaram os biólogos do ICM-CSIC.

As investigações da universidade do Havai, realizadas utilizando novos ensaios, confirmam os efeitos positivos do uso do vinagre nas picadas das alforrecas muito perigosas.

No entanto, as espécies que habitam as costas espanholas, e que chegam à portuguesa, não pertencem a esta classe de alforrecas perigosas, geralmente, só fazem pequenas picadas. São na maioria da classe ‘Schyphozoa’, como por exemplo a espécie ‘Pelagia noctiluca’.

Os resultados preliminares do projeto concluíram que, em caso de uma picada pela ‘Pelagia noctiluca’, a aplicação do vinagre “é contraproducente porque provoca a descarga imediata das células urticantes [células capazes de injetar um espinho minúsculo]”, disseram os investigadores.

Pelo contrário, a aplicação de água do mar “não gera a descarga das células urticantes, por isso este é o remédio recomendado para a picada das alforrecas [nas costas espanholas]”, acrescentaram.

O hospital Clínico de Barcelona e o ICM-CSIC realizam este projeto de investigação com o apoio da fundação bancária “A Caixa”, na qual se estuda a eficácia dos remédios contra as picadas das alforrecas.

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