O Movimento de Professores Precários denunciou esta manhã a situação, de docentes admitidos a concurso de vinculação extraordinária e concurso externo que constavam das listas provisórias e que foram excluídos, “de forma anormal, injusta e abusiva e não foram sequer contactados para poder reclamar”.

Hoje algumas dezenas de professores reuniram-se com a diretora da Direção Geral de Administração Escolar (DGAE) e perante a falta de respostas satisfatórias decidiram manter-se nas instalações até receberem “mais informação”.

“Estamos à espera de mais informação”, disse à Lusa João Pereira, coordenador do Movimento Professores Precários, explicando que a diretora da DGAE lhes disse apenas que foi cumprida a lei e que os erros não dependem da DGAE.

“Só pedimos que nos seja dada a oportunidade de corrigir dados errados, essa correção já foi permitida no passado”, disse João Pereira, explicando que o erro na maior parte dos casos não é dos professores mas sim “um erro administrativo das escolas”.

“O problema é facilmente corrigido, basta um pouco de bom senso”, disse o responsável, admitindo que os professores possam ficar na DGAE muitas horas.

Em comunicado divulgado ao início da tarde a Federação Nacional de Professores (Fenprof) diz que já contactou o Ministério da Educação para que as situações irregulares sejam resolvidas ainda antes de divulgadas as listas definitivas de professores.

Diz a Fenprof que a DGAE notificou docentes da exclusão do concurso ao qual tinham sido provisoriamente admitidos e que a estrutura sindical constatou “um conjunto de situações erradas de exclusão”.

“Em causa estão, essencialmente, casos relacionados com a não consideração do tempo de serviço que os docentes efetivamente prestaram e que já tinha sido devidamente validado pelas escolas”, diz a Fenprof, garantindo estar a apoiar os que foram indevidamente excluídos.

Também a Federação Nacional da Educação (FNE) disse esta tarde, em comunicado, que está a acompanhar “as múltiplas situações” de exclusão e fala de “algumas centenas de candidatos”. Os docentes que se sintam prejudicados deverão contactar a FNE, diz-se no documento.

“Tendo contactado o Ministério da Educação com a manifestação das fortes preocupações que estas situações configuram, a FNE entende que não pode resultar qualquer prejuízo para nenhum candidato indevidamente excluído. Desta forma, a FNE e os seus Sindicatos membros tudo farão para que os direitos dos docentes envolvidos sejam protegidos”, diz o comunicado.

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