O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, indicou que o ministro Adalberto Campos Fernandes teve "a iniciativa de responder ao que os sindicatos tinham sugerido de retomar as negociações o mais rapidamente possível”.

"Esperamos que as mensagens dos médicos e de vários partidos tenham sido percebidas", disse Roque da Cunha.

O ministro da Saúde admitiu na quinta-feira, em entrevista à TVI, que as reivindicações que levaram à greve nacional dos médicos são quase todas “muito legítimas” e manifestou-se disponível para continuar a trabalhar já na próxima semana com os sindicatos.

Adalberto Campos Fernandes lembrou ainda que, nos últimos anos, a Saúde foi um setor “muito fustigado”.

Contudo, o governante indicou que “não é possível fazer tudo por todos ao mesmo tempo”, mas afirmou que “há espaço, em termos de faseamento no tempo”, para acolher as propostas dos dois sindicatos que convocaram a paralisação, estimando que o calendário das negociações possa estar encerrado em setembro.

Os médicos estiveram em greve na quarta e quinta-feira, uma paralisação que, segundo os sindicatos teve uma adesão na ordem dos 90%.

Os sindicatos médicos reivindicam 12 horas de trabalho em serviço de urgência, a diminuição do número de utentes por médico de família, a reposição do pagamento de 100% das horas extra, que recebem desde 2012 com um corte de 50%.

Exigem ainda a reversão do pagamento dos 50% com retroatividade a janeiro deste ano.

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