Citado pela Associated Press, Siraj Mahmoud disse que os bombardeamentos têm atingido todo o tipo de alvos, incluindo escolas, hospitais, mercados, equipas de salvamento e zonas residenciais.

“Toda a gente sabe que é um extermínio”, disse Mahmoud, numa gravação áudio enviada a vários jornalistas.

Segundo o porta-voz, quatro membros das equipas de busca e salvamento do grupo foram mortos desde que o regime intensificou os bombardeamentos, no domingo à noite.

As forças do regime de Bashar al-Assad prosseguiram hoje a campanha de bombardeamentos sobre Ghouta Oriental, que visam aparentemente abrir caminho a uma ofensiva terrestre que permita ao regime recuperar o controlo da região, nas mãos dos rebeldes desde 2012.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, pelo menos 47 civis morreram nos ataques realizados hoje, totalizando 382 civis, entre os quais 94 crianças, mortos desde domingo.

Os ataques foram denunciados, entre outros, pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu uma trégua imediata neste “inferno na terra” às portas de Damasco.

O Conselho de Segurança da ONU vai votar, possivelmente ainda hoje, um projeto de resolução para a instauração de um cessar-fogo de 30 dias que permita o acesso à região, onde desde 2013 cerca de 400.000 pessoas vivem cercadas por tropas governamentais.