Segundo fonte da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ), a prisão preventiva foi aplicada ao suspeito detido em flagrante delito na operação que decorreu na quinta-feira, nos arredores do Porto, num armazém que servia para descarregar a droga, na qual foram apreendidos 32 quilogramas de cocaína.

A PJ divulgou na segunda-feira ter apreendido 32 quilos de cocaína e detido cinco estrangeiros suspeitos de tráfico internacional de estupefacientes, que alegadamente utilizariam Portugal para colocar a droga na Europa, usando contentores com frutas e produtos hortícolas.

De acordo com aquela polícia, as detenções e a apreensão dos 32 quilos de cocaína resultaram de uma operação que decorreu na quinta-feira, nos arredores do Porto, num armazém que servia para descarregar a droga.

A droga estava armazenada no fundo falso de contentores frigoríficos, onde era transportado "xuxu e mandioca" e que foram "depositados num armazém nos arredores do Porto, propriedade de uma empresa unipessoal entretanto criada mas que não estava no mercado", referiu, em conferência de imprensa, um responsável da PJ.

"O proprietário da empresa, um cidadão estrangeiro, foi detido em flagrante delito, enquanto os restantes quatro foram fora de flagrante delito", descreveu.

As detenções resultaram da ação conjunta da unidade de combate ao crime organizado da Galiza da Guardia Civil e da PJ, "cuja intervenção ocorreu a partir de outubro de 2016", disse Arnaldo Silva.

A mercadoria entrou em Portugal "através do Porto de Leixões", sendo que a fruta importada "nunca entrou no mercado nacional", encontrando-se ainda no "armazém quando, a propósito da segunda descarga, a PJ interveio e apanhou os traficantes", revelou então o coordenador.

Arnaldo Silva, que não revelou a nacionalidade dos detidos, disse ainda que os suspeitos são “pessoas conhecidas na área criminal em Espanha e Portugal", e que a droga "deveria depois seguir por via terrestre, talvez em carrinhas, para o mercado europeu via Espanha".

Este “grupo organizado” de alegados traficantes, com idades compreendidas entre os 38 e os 50 anos, “pretendia fazer entrar na Europa, através de Portugal, grandes quantidades de produtos estupefacientes, utilizando para o efeito o circuito comercial de importação e exportação de fruta e produtos hortícolas”, afirmou, em comunicado divulgado na segunda-feira, a PJ.

Nesta ação, a PJ contou também com a colaboração da Autoridade Tributária.