"O ministro da Defesa não acertou quando não assumiu, designadamente, responsabilidades políticas. Creio que não pode sacudir responsabilidades, tendo em conta as responsabilidades que lhe são atribuídas pela Constituição da República Portuguesa", disse Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava aos jornalistas à margem de uma ação de pré-campanha autárquica, em Algés, ladeado pela cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) e líder parlamentar do partido ecologista “Os Verdes”, Heloísa Apolónia.

"É da responsabilidade do primeiro-ministro. Não é o PCP que determina ou decide. O Governo, particularmente o primeiro-ministro, avaliará as condições políticas para o exercício do Ministério da Defesa", continuou, defendendo o apuramento da verdade sobre o desaparecimento de armas dos paióis de Tancos.

A propósito do desaparecimento de armas dos paióis de Tancos, em entrevista publicada no domingo no DN e transmitida na rádio TSF, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, referiu-se à falta de provas visuais, testemunhais ou confissão e admitiu que, "no limite", pode não ter havido qualquer roubo.

Na segunda-feira, CDS-PP formalizou um requerimento para a audição do ministro da Defesa Nacional na comissão parlamentar, pretendendo que clarifique as suas declarações e preste todos os esclarecimentos sobre as averiguações do desaparecimento de armas de Tancos.

Na reunião da comissão que está marcada para hoje, o CDS-PP vai propor que seja acrescentado um tópico à agenda da deslocação do ministro ao parlamento agendada para dia 20 deste mês.

A audição tinha sido pedida pelo PSD antes das férias parlamentares, para Azeredo Lopes falar sobre as Forças Nacionais Destacadas, as relações com a NATO e sobre a Política Europeia de Segurança e Defesa.

Em junho, o Exército revelou a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

Entre o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos estavam "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, segundo a informação divulgada pelo Exército.

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