Mónica Antunes, do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Curtumes do Sul, precisou à agência Lusa que a vigília será suspensa às 08:00 de segunda-feira, quando a laboração recomeçar, e será retomada no final da jornada de trabalho.

“A vigília recomeça pelas quatro da tarde e vai noite dentro até que haja resposta do administrador do processo de insolvência. Não podemos deixar as instalações para que não haja saída de património” disse.

A delegada sindical notou haver “património muito valioso” e que neste momento pertence às trabalhadoras, por serem as “primeiras credoras” da empresa.

As últimas informações são de que o processo de insolvência terá dado entrada em tribunal, mas que não foi decretado um administrador, o que poderá ocorrer “na semana que vem, segunda ou terça-feira, mas ainda não há uma data certa”, acrescentou Mónica Antunes.

A vigília tem funcionado segundo uma escala rotativa a cada quatro horas, mas à porta “têm estado 30 ou 40 pessoas”, entre trabalhadores, familiares e ex-funcionários, afirmou ainda a sindicalista.

Esta manhã passou pelo local o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que qualificou a situação de “crime económico, preparado premeditadamente pela Triumph Internacional, no sentido de fechar a fábrica, passando por uma fase intermédia, que foi entregar, por um ano, a produção à Gramax (atual detentora da empresa)”.

O dirigente da intersindical notou a situação dos 450 trabalhadores com “três meses de salários em atraso, sem trabalho e sem subsídio de desemprego”.

Para Arménio Carlos, o Ministério do Trabalho deve “simplificar o processo para que os trabalhadores tenham acesso ao subsídio de desemprego” e o Ministério da Economia deve “desenvolver esforços para procurar ir mais longe na identificação de todo o processo que está por trás e procurar alternativas para garantir que as trabalhadoras possam continuar a produzir e a fazer bem aquilo que sabem”.

A 21 de dezembro os trabalhadores da antiga Triumph realizaram uma manifestação, em Lisboa, para pedir “acesso a uma fonte de subsistência”, face aos salários em atraso e ao processo de insolvência da empresa. Presente no protesto esteve o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, e também Arménio Carlos.

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