A aquisição destes terrenos já tinha sido aprovada nos órgãos municipais e faltava apenas a autorização do Tribunal de Contas.

“É uma excelente notícia e permite-nos concretizar a aquisição de um espaço para o qual temos muitas ideias e projetos”, sublinhou à agência Lusa o presidente do município ribatejano (distrito de Lisboa), Alberto Mesquita (PS).

O negócio foi estabelecido entre a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e a empresa Estamo-Participações Imobiliárias SA, que é a atual proprietária deste imóvel, desativado desde agosto de 2009.

A antiga Escola da Armada de Vila Franca de Xira formava anualmente perto de mil militares que, após o seu encerramento, foram transferidos para a Base Naval do Alfeite, em Almada, onde a Marinha concentrou a formação.

Entre outros projetos, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira pretende construir um novo edifício para fazer regressar ao concelho o Tribunal do Comércio, que foi deslocalizado para o município de Loures, no âmbito da introdução de um novo mapa judiciário em 2014, por parte do anterior Governo.

O novo tribunal de Vila Franca de Xira irá albergar, além do Comércio, uma Instância Cível, uma Instância de Família e Menores e uma Instância de Trabalho.

Para esse propósito, a Câmara de Vila Franca de Xira já elaborou um protocolo, que irá assinar brevemente, com o Ministério da Justiça para que esse edifício da Justiça venha a ser construído nos terrenos da Escola da Armada.

A construção de uma superfície comercial, de equipamentos de utilidade pública, e de uma marina são outros dos projetos previstos para os terrenos da Escola da Armada.

A Câmara de Vila Franca de Xira pretende que no local possa vir a ser construído um nó da Autoestrada número 1 (A1), no sentido Lisboa-Vila Franca de Xira.

Num estudo apresentado pela autarquia está previsto um investimento de 19,5 milhões de euros em infraestruturas e requalificação do espaço público e perspetiva um retorno financeiro para os cofres da autarquia de cerca de 25 milhões de euros.