Numa carta enviada ao titular do Comité de Inteligência da Câmara de Representantes, o advogado da Casa Branca Don McGahn afirma que o memorando "contém um grande número de passagens devidamente confidenciais e sensíveis", de modo que o presidente não o pode tornar público.

O memorando democrata procura responder ao documento republicano que o presidente tornou público dias atrás.

A líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, qualificou a decisão de Trump como uma "tentativa descarada de ocultar a verdade sobre o escândalo Trump-Rússia do povo americano".

"A decisão do presidente de bloquear a publicação do memorando democrata mostra uma conduta de ocultação perigosa e desesperada por parte dele", disse em comunicado.

"Claramente, o presidente tem algo a esconder", acrescentou.

O chefe do FBI, Christopher Wray, e o procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, disseram numa carta separada que publicar este material geraria preocupação sobre "a proteção de fontes de inteligência e métodos, investigações em curso e outra informação similar sensível".

O memorando republicano apresentado previamente alega que existe um viés anti-Trump na investigação sobre a ingerência russa na eleição de 2016 que levou o magnata ao poder.

No entanto, a comissão de Inteligência da Câmara de Representantes, controlada pelos republicanos, havia votado de maneira "unânime" na revelação do documento democrata.

O departamento de Justiça (DoJ) e o FBI já se tinham mostrado inquietos em relação à publicação do documento republicano, mas, apesar disso, o presidente Trump decidiu autorizar a sua divulgação.

Na sua mensagem, Don McGahn afirma que Trump solicitou ao DoJ que se colocasse à disposição da Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes, para examinar a nota democrata e tentar, se desejar, "atenuar os riscos" de uma eventual publicação.

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