Numa emotiva reunião na Casa Branca, Trump afirmou que as autoridades terão que ser "mais rigorosas ao procurar os antecedentes, colocando mais ênfase na saúde mental, além de muitas outras coisas".

"É um problema a longo prazo que temos que resolver e vamos resolver juntos", prometeu o presidente norte-americano.

Dirigindo-se diretamente aos familiares das vítimas, Trump declarou: "Estão a passar por uma enorme dor e não queremos que outras pessoas passem por isto".

Alunos da escola secundário onde ocorreu o massacre — que fez 17 mortos — e familiares das vítimas exigiram que o presidente "faça a coisa certa" para evitar a repetição de episódios desta natureza.

Andrew Pollack, pai de uma adolescente que morreu no tiroteio, foi um dos que defendeu esta ideia.

"Nós como país estamos a fracassar em relação aos nossos filhos (...). Não podemos entrar num avião com uma garrafa de água, mas deixamos que um animal entre numa escola e mate as nossas crianças".

Samuel Zeif, de 18 anos, sobreviveu ao massacre na Florida e foi um dos presentes. E revelou ter lido que "uma pessoa de 20 anos comprou uma AR-15 em cinco minutos com um documento de identidade caducado". No entanto, não sem antes terminar com uma questão. "Como é que pode ser tão fácil comprar uma arma?", inquiriu.

Durante o encontro, Trump perguntou aos participantes se tinham alguma proposta. O pai de uma aluna, Frederick Abt, declarou que "uma solução possível, talvez não muito popular, seria ter nas escolas professores ou monitores que, voluntariamente, teriam armas trancadas nas salas de aula e que receberiam treino [de manuseamento]".

Poderá não ser popular, mas não é uma hipótese que venha a ser descartada. "Vamos analisar isto com rigor. Muita gente será contra mas muitos serão a favor. A coisa boa é que haverá muita gente apoiar esta ideia", respondeu Donald Trump a Abt, cuja filha sobreviveu ao ataque.

Todavia, o presidente, ainda que tenha destacado a iniciativa, acautelou afirmando que esta "só funcionaria com gente treinada para lidar com armas de fogo". Para depois acrescentar: "E, obviamente, estas armas não ficariam expostas", concluiu.

O massacre que levou à morte de 17 pessoas na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, na Flórida, despertou uma onda de pedidos para pôr fim à falta de controlo de armas, com uma série de sobreviventes de ataques a tiro a marchar em apoio a esta causa. O atirador, Nikolas Cruz, de 19 anos, comprou legalmente uma arma, apesar do seu histórico de comportamentos problemáticos e violentos.

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