“A decisão de introduzir medidas mais rigorosas pela União Europeia está em estudo”, afirmou, em conferência de imprensa em Brasília, o comissário europeu para a Saúde e Segurança Alimentar.

Vytenis Andriukaitis afirmou que a União Europeia precisa de “montar uma rede de resposta imediata para o caso de haver uma nova crise” através de um “sistema de controlo oficial e independente”.

A União Europeia impôs restrições à importação de carne brasileira a 21 março, quando um grande escândalo envolvendo empresas brasileiras veio a público após a polícia brasileira ter realizado uma operação contra empresas que supostamente subornavam funcionários públicos para vender carne ilegal e até mesmo produtos estragados.

Pelo menos 30 pessoas foram detidas, quando a polícia brasileira acabou por invadir mais de uma dúzia de unidades de processamento de carne.

O comissário europeu também recomendou aos parceiros comerciais que “introduzam as mesmas regras e requisitos” que regem o bloco europeu, porque assim vai haver mais avanços.

A carne brasileira é exportada para mais de 150 países, com mercados principais como Arábia Saudita, China, Singapura, Japão, Rússia, Holanda e Itália.

As vendas de carne de aves em 2016 atingiram 5,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros na cotação de hoje) e de carne bovina 4,3 mil milhões de dólares (quatro mil milhões de euros), segundo dados do Governo brasileiro.