“Não podemos ter como exemplo países a saírem da UE e a terem melhores condições económicas porque seria um forte incentivo de que a UE não é plural, cultural e progressiva”, afirmou Pedro Passos Coelho no Seminário Internacional “Futuro da Europa”, no Palácio da Bolsa, no Porto.

Para o líder dos sociais-democratas, o `Brexit´ é uma forma de as pessoas provarem que têm soberania e capacidade de fazer escolhas diferentes para o futuro, por não estarem satisfeitas com a atual situação.

Passos Coelho disse que a impopularidade da UE está relacionada com a crise económica e social, com problemas de segurança e com a crise dos refugiados.

“Podemos combater esta crise apresentando diferentes resultados e promovendo diferentes perspetivas para o futuro. Não é tarde demais para completar a união bancária”, considerou.

O ex-primeiro-ministro frisou que as respostas a este problema devem ser separadas em duas partes, a primeira na necessidade de união entre os estados-membros e a segunda assente na resolução dos problemas estruturais.

“É importante ter uma resposta política em relação à situação russa, `Brexit´ e à relação da UE com os Estados-Unidos da América. Estes três problemas devem ser enfrentados de forma responsável”, defendeu.