“Daquilo que me foi dito e tendo em conta que a maioria dos representantes partidários prometeram levantar a questão em sede de discussão do Orçamento do Estado, saio com esperança de que a UBI possa ter um reforço de verba para este ano, no mínimo de 1,2 milhões de euros, que é o valor necessário para podermos equilibrar as contas deste ano”, afirmou o reitor da UBI, António Fidalgo.

No dia 07, António Fidalgo informou publicamente que a UBI não tinha submetido a proposta de orçamento para 2018 devido a um “subfinanciamento crónico” que a instituição enfrenta há anos.

Aproveitando a cerimónia de tomada de posse para o segundo mandato, o reitor explicou que o elevado défice entre as receitas e as despesas impossibilitava a UBI de realizar tal procedimento, pelo menos respeitando as regras e leis contabilísticas.

Segundo explicou, mesmo somando as receitas próprias ao valor das transferências de Estado, em 2018 a UBI fica com um défice de 1,2 milhões de euros, agravando ainda mais o “garrote orçamental” que se verifica há vários anos e que, segundo disse, está a deixar a universidade numa situação de asfixia financeira.

Dados que apresentou hoje detalhadamente à Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, de modo a “deixar claro que não está em causa uma birra ou um protesto, mas sim uma necessidade absoluta”, referiu.

Entre os dados apresentados estiveram os da evolução das transferências da tutela face à massa salarial, num gráfico demonstrativo de que o financiamento só cobre 78% do valor total anual.

As diferenças do financiamento relativamente a outras universidades que, contas feitas, chegam a receber mais 400 euros por cada aluno, foi outro dos aspetos destacados por António Fidalgo.

“Penso que foi uma reunião muito proveitosa e em que foi possível esclarecer o que está em causa. Agora, é esperar pelos resultados”, apontou, garantindo que a “UBI não baixará os braços”.

Depois de a UBI ter tornado pública a decisão de não apresentar as contas para 2018, partidos políticos, candidatos autárquicos e representantes de entidades têm manifestado solidariedade com esta instituição de ensino superior, sediada na Covilhã, distrito de Castelo Branco.

A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou por unanimidade uma moção de apoio e reivindicação, documento a que se juntará uma outra moção aprovada por unanimidade na Câmara do Fundão, segundo foi hoje anunciado por este município.

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